Caso da professora agredida e os videojogos

No seu programa Notas Soltas, na RTP, António Vitorino falou sobre o caso mais mediático deste momento em Portugal, o caso do vídeo de uma professora agredida por uma aluna, que circula pela Internet e abriu os telejornais há uns dias.

Não posso citar, vi o programa em directo, mas uma consideração que António Vitorino fez chamou-me a atenção. Foi algo do género: [a violência nas escolas] é um problema de violência social que está presente em todo o lado: nos videojogos, ... (seguiu-se uma enumeração exemplificativa).

Obviamente que a referência aos videojogos como primeiro exemplo me chamou logo a atenção. Não sei se intencionalmente ou não, mas está-se a relacionar esta agressão (e todas as outras) à violência presente nos videojogos, responsabilizando-os indirectamente. Até podem ponderar até que ponto os jogos são ou não violentos, mas responsabilizá-los? Parece-me a resposta mais fácil... Mas como os jogos têm as costas largas, cabe sempre mais uma responsabilidade por isto ou por aquilo, venha ela...


Mas depois lembrei-me de um jogo em específico. Talvez a violência de que António Vitorino falava não seja propriamente a típica violência vinda do sangue, tiros, guerra, matança, etç., que costuma ser o assunto preferido dos média em relação aos videojogos.

É que quando jogos como Canis Canem Edit (Bully) retratam e incentivam (?) este tipo de comportamentos nas escolas, qualquer argumento dos "defensores" dos jogos fica muito enfraquecido...

Este é o mote para a nova votação do blog. Acham que os videojogos estão a ficar demasiado violentos? Comentem à vontade!