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TAKEitGame

domingo, 20 de janeiro de 2008

Art.Opinião- CounterStrike banido no Brasil


Os jogos CounterStrike e Everquest foram banidos no Brasil, por decisão de um Juiz do Estado de Minas Gerais pois "foram considerados impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde dos consumidores". A decisão deste juiz aplica-se a nível nacional.

Sobre CounterStrike diz-se: reproduz a guerra entre bandidos e policiais e impressiona pelo realismo. O jogo foi criado nos Estados Unidos e adaptado para o Brasil. No vídeo-game, traficantes do Rio de Janeiro sequestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas. A polícia invade o local e é recebida a tiros. O participante pode escolher o lado do crime: virar bandido para defender a favela sob seu domínio. Quanto mais PM´s matar, mais pontos. A trilha sonora é um funk proibido. Nessa escala de violência, cada um escolhe suas armas: pistolas, fuzis e granadas. Na visão de especialistas, o jogo ensina técnicas de guerra, haja vista o jogador deve ter conhecimento sobre táticas de esconderijo, como se estivesse numa guerrilha.


Já sobre o Everquest pode-se ler: O jogo “Everquest” leva o jogador ao total desvirtuamento e conflitos psicológicos “pesados”; pois as tarefas que este recebe, podem ser boas ou más. As más vão de mentiras, subornos e até assassinatos, que muitas vezes depois de executados, o jogador fica sabendo (ou não) que era apenas uma armadilha para ser testado para entrar em um clã (grupo).



-Quanto ao facto de Everquest se poder optar por fazer as quests pelo lado do bem ou pelo lado do mal, é de rir! Com tais argumentos, tinham de banir centenas de RPGs (e não só)! Estará a pensar-se no que isto poderá vir a ensinar às crianças? A maior parte dos jogos dão a escolher o lado em que queremos estar, e de que modo podemos cumprir os objectivos pedidos. Mas a dificuldade é a mesma. Já na vida real, o "lado mau" é sempre mais vantajoso! Ilegal, e com riscos... mas mais vantajoso quando bem feito. E é por isso que todos "viram maus"? Quais as consequências de ser "mau" num jogo? E quais as consequências de ser "mau" na vida real?
-Como já veio a ser dito pela Editora do CounterStrike, obviamente que o jogo não tem tal conteúdo. O que acontece é que muitas pessoas criam novos mapas e outras modificações para o jogo, o que não pode ser controlado pelo produtor do jogo.
-É também de assinalar o facto de jogos com quase uma década "impressionem pelo realismo". Só atesta a ignorância de quem decide, nas matérias em que decide.
-E por falar em jogos com uma década, porque razão só se lembraram de os banir agora? Será que têm algo contra as Lan House's, que vivem de CS?
-Num país que começa agora a ganhar fama internacional pelos seus filmes baseados em factos reais, logo muito violentos, que têm desde sexo a drogas, prostituição, corrupção, crime, e todos os males bem entranhados que uma sociedade pobre possa ter naquelas extensas favelas, não seria melhor banir também os filmes? É que apesar do progresso dos videojogos, estes continuam a ser muito muito mais realistas... E mostram tudo o que é mau...
-Mas os filmes baseiam-se apenas na vida real, como os próprios anunciam. Revelam a realidade das favelas do Brasil. Poderia estar aqui a justificação para esta decisão?
Não querer mostrar aos jovens um "mau caminho"?

NEWSFLASH para este juiz:
Por muitos males que queiram imputar aos videojogos, uma coisa eu garanto-lhe (cientificamente se for preciso): É que enquanto os jovens estão a jogar Counter Strike e Everquest, não estão a roubar, a matar, a consumir drogas, a prostituírem-se ou a dar cabo das suas vidas (nem das duas outros) de mil e uma maneiras diferentes que têm à disposição.

Fonte


Edit: Segundo esta fonte:

De acordo com o superintendente, como a Justiça não proibiu o uso dos jogos --apenas a comercialização--, as lan houses não estão obrigadas a deletá-los.
"Estamos notificando as lan houses de uma decisão judicial. Jogar ou não depende de um critério moral de cada pessoa e de cada família, já que os jogos são proibidos para menores de 18 anos", afirma.

Como é possível proibir a comercialização de um bem, mas não o seu uso ou posse? Então o problema está na comercialização e não no acto de jogar? Isto soa a doutrina do Prof Marcelo Rebelo de Sousa: Posso jogá-lo? Pode! Posso comprá-lo? Não! Então como jogo? Não joga! Mas é legal jogar? É! E o que me acontece se já tiver o jogo? Nada!

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