GTA 4: PTOnlineGaming Hands-On

Dia 25 de Abril.
Sempre os mesmos filmes a passar na TV, as mesmas músicas revolucionárias, debates sobre o estado da nação, uns vão para a manifestação anti isto e aquilo, outros preferem lançar críticas a estado actual. Enfim, um feriado algo repetitivo...
Quando de repente me convidam para ir experimentar o novo GTA 4.
"Fantabulástico pahh!! É para já!"

Este artigo é portanto as minhas primeiras impressões do jogo, nas duas horas que joguei. Pormenores que saltam à vista, o que gostei, não gostei... Não esperem uma análise nem algo do género. Ah, e não tem spoilers sobre o desenrolar da história do jogo, já que preferi disfrutar um pouco da liberdade de movimentos própria de GTA, do que ir fazer as missões. A versão jogada é a da X360.


Como já sabem, Niko é originário da Europa de Leste e vem para os States ter com o seu primo, que tantas maravilhas contava do sonho americano. Depressa descobrimos que o sonho americano não é bem como o seu primo o pintava.
E quanto à história ficamos mesmo por aqui, vamos ao resto:

Antes de sair de casa fiquei a ver um pouco de TV. Estava cansado da viajem. A TV não era das melhores, e tinha muitos canais desprogramados. Mas tinha dois ou três bem sintonizados. Estava a dar um documentário sobre índios, e publicidade. Gostei do pormenor de podermos controlar o som da TV e mudar de canal sem levantar o rabo do sofá. É o poder do controlo remoto!
Mas há um mundo lá fora por explorar! Que se lixe a TV!

Saindo de casa descubro que até tenho estacionamento para guardar o carro e tudo! É em cima do passeio à porta de casa... lool. Mas garantem que posso lá deixar o carro, e ele continuara lá, como se fosse uma garagem.
Imagino como poderá alguém viver com o metro a passar a menos de 3 metros das suas janelas.
Na rua está um vendedor de cachorros. É uma boa american way de nos alimentarmos. Vendedores de rua andam com os seus carrinhos a fornecer apetitosos, baratos e pouco saudáveis cachorros ou hamburguers. Vê-se muita gente a lá ir comprar, e depois seguem o seu caminho enquanto comem... e bebem.
"Bem, está ao nível de tudo o resto nesta zona da cidade... Vou ter de me habituar."

Ora, estou na rua, que fazer? Ah, isto é GTA... vou roubar um carro. E pode ser este que está aqui estacionado. A porta está fechada portanto... TRAZZ, pontapé no vidro, abre-se a porta por dentro, ligação directa, e está a andar.
"Holly Crap! A polícia viu-me! Toca a fugir enquanto vos vou explicando o novo sistema da fuga aos bófias."
O pequeno mapa que GTA já nos habituou ao canto do ecran fica com uma zona destacada à volta do ponto que indica a nossa posição. A polícia aparece também assinalada, e o objectivo é evitarmos a polícia enquanto tentamos sair dessa zona "de perigo", que varia em função da posição da polícia e da visibilidade que têm sobre nós.

Polícia despistada, e o meu carro todo partidinho. Esta porcaria d'antes era mais fácil!
Não que eu seja um às ao volante, mas esqueçam as corridas malucas a alta velocidade! Os carros são muitos mais difíceis de conduzir, se bem que a condução me parece mais real. É quase impossível fazer uma curva sem nos despistarmos se vamos só um bocado mais depressa do que o normal. Parece que os carros não viram tanto, nem têm tanta tracção como dantes.

"Estou a ir muito depressa... tenho de ter cuidado se não..."
Primeiro acidente. Os carros tiram as rodas do chão facilmente. Não faço ideia se isto está mais aproximado à realidade, mas para quem estava habituado ao outro GTA, ando sempre a voar com os carros. E por vezes a dar várias voltas e cambalhotas enquanto voo... Os acidentes estão brutais, mas parece que por vezes o estrago nos carros não reflecte o aparato do acidente. Descobri também que não é boa ideia lançar-me para fora do carro enquanto ele está em movimento. Ao contrário dos GTAs anteriores, este gesto aqui é realmente violento. O Niko não fica lá muito bem tratado não... (vejam este exemplo).
Outro pormenor engraçado nos acidentes é a realidade no movimento dos passageiros quando embatem. Digamos que se estiverem num descapotável ou num carro cujo vidro da frente por alguma razão já esteja partido, e embaterem nalgum obstáculo, o vosso corpo pode ir parar alguns 30 metros à frente do sítio onde ficou o carro, dependendo da velocidade. Quase que podem fazer autênticos stunts com o próprio Niko. Não esperem é sobreviver...

"Humm, como é que vim parar a este centro de saúde?? Pensava que desta não me safava. Bem, tenho de arranjar outro carro."
Ponho-me à frente de um, que me atropela ainda com alguma força.

"#%$&-«%!!! Criminosos!! Sacanas! Bandidos!!"
Levanto-me e roubo o carro seguinte. Tiro o condutor do seu lugar, e arranco. O passageiro que lá ia não fez questão de sair, e a mim também não me custa nada dar-lhe uma boleia... E o moço até diz umas piadas engraçadas, sobre a sua situação naquele momento.
Está de noite e a iluminação é fraca, é melhor ligar os máximos. Desta não sabiam, hein?
A viagem acabou com o carro de rodas para o ar numa de uma espécie de praia, depois de mais um acidente. O passageiro tinha saído antes, da primeira vez que parei o carro. Fugi o mais depressa possível do carro, mas ele acabou por não explodir. Mais uma novidade...

Aproveitei a zona meio escondida e as duas pessoas que estavam para lá a fazer não sei o quê para ver se o Niko sabe lutar. O sistema de luta é muito parecido ao antigo. Agora podemos escolher se queremos dar murros ou pontapés, ou se preferimos defendermo-nos dos golpes do outro gajo. E é aqui que tenho a primeira desilusão. O sistema de porrada continua a deixar algo a desejar. Muitas são as vezes em que damos um murro ou pontapé a alguém, mas simplesmente este parece que não lhes toca. É pior quando alguém está no chão ou a levantar-se. Nestas duas situações parece que ficam incorpóreos, e nada os afecta. Isto não acontece constantemente, mas esperava-se melhor... muito melhor.

"Ora, tu tens 20 doláres, tu tens aqui mais 10. É melhor dar de frosques."
Subo umas escadas quase a pique pela falésia acima. A praia ainda fica uns bons metros lá em baixo.
"Mas que raio está aquela ambulância a fazer a atirar-se contra o rail que a impede de se atirar da falésia abaixo??! Deve ter tendências suicidas..."
Aparentemente a inteligência artificial dos gajos do INEM lá do sítio ainda não foi suficientemente desenvolvida de modo a que eles percebam que só lá chegam a pé... Acabam por desistir, e fica ali a ambulância parada no meio da estrada. A circulação dos automóveis naquele sentido não se pareceu importar, já que os carros -polícia inclusive- simplesmente tentavam desviar-se à maluca sem sequer travar.

"Cidade de malucos... Deixa ver o que fazem se..."
Subir para cima de um carro. Já não nos "dão boleia" como se nada fosse. Ficam a apitar e a mandar vir connosco, a andar para a frente e para trás até sairmos.

Lá arranjo um carro e por fim, vou finalmente experimentar algo também muito próprio do GTA. As lolitas!! Que é como quem diz, as senhoras do ofício, mulheres da vida, pegas... e por aí fora. De aqui em diante só os maiores de 18 anos podem ler.

"Olá muchacha! Quieres dar um paseo?"
(Não se ouve a conversa. É parar e apitar. Apeteceu-me foi escrever em espanhol...)
Temos de ir para um sitio mais recatado, e os serviços disponíveis são três. Por 20, 50 e 70 dólares.
A grande novidade é que agora eles já não ficam imóveis nos seus lugares enquanto se ouvem gritos e o carro abana. Em vez disso, fazem os movimentos próprios de cada serviço, em plena interacção. Não se tiram roupas nem se vê algo que deva ter um quadrado preto por cima, mas por exemplo, no serviço 1 (o mais barato - usem a imaginação), vê-se a senhora a ir com a mão a determinada sítio e a fazer determinados gestos repetitivos. No serviço 2 já não leva só a mão, e no 3 já tem de mudar de lugar...
Os sons e o movimento do carro mantém-se.
É desta que o GTA 4 passa mesmo a ser um jogo para maiores de 18!

De carteira vazia, passo pelo multibanco a caminho de casa. Já tenho conta no banco e tudo eh eh.

Chego a casa estoirado. O dia foi cansativo!

"Oh America... America... I love it!"