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TAKEitGame

sábado, 1 de março de 2008

Morte do PC: verdade ou mentira?



Neste artigo irei falar da actual situação do PC como plataforma de videojogos. Irei abordar temas como as declarações de produtores de renome sobre a actual situação do PC, as desvantagens da pirataria,distribuição digital e o problema da constante actualização do PC.
Lembro que a minha opinião pode variar da de outros colaboradores do blog logo este artigo representa única e exclusivamente a minha opinião. Para ver o artigo carregue em Ler Tudo

No mês de Fevereiro assistimos a várias declarações de pessoas bastante conhecidas dentro do mundo dos videojogos a dizer que o PC está a morrer. Será verdade?
Tudo começou com o Lead Designer da produtora de renome Epic Games, CliffyB, que trabalhou em jogos como Gears of War para a Xbox 360 e PC a afirmar que o Epic iria

apostar mais no mercado das consolas devido ao que ele chama de “desordem” dos videojogos no PC como plataforma. Segundo ele
“Eu acho que as pessoas preferem fazer um jogo que venda 4.5 milhões de cópias em vez de 1 milhão, e Gears of War está nos 4.5 milhões neste momento na 360.Eu acho que PC está numa confusão... o que conduz o PC neste momento são os jogos tipo Sims e World of Warcraft e muitas coisas que estão numa interface de internet. Só é preciso clicar e jogar. Essa é a direcção que o PC está a tomar.Para mim, o PC é uma parte secundária daquilo que estamos a fazer. É importante para nós, mas por agora preferimos fazer jogos AAA para consolas.” Afirmou CliffyB numa entrevista feita pela MTV Multiplayer.
Bleszinsky tocou num ponto interessante: Será mesmo que o PC como plataforma só sirva para jogos como World of Warcraft da Blizzard que actualmente conta com mais de 10 milhões de jogadores por todo o mundo e Sims da brilhante mente de Will Wright? Na minha opinião é obvio que os MMORPGs têm uma percentagem dos jogadores de PC muito grande mas géneros como o FPS e o RTS, First-Person Shooter e Real Time Estrategy respetivamente, funcionam melhor no PC do que nas consolas devido ao teclado e ao rato.
Numa entrevista feita pelo site Tom’s Games ao vice-presidente da Epic, Mark Rein, veio à conversa as declarações vindas por parte de CliffyB sobre o qual Mark Rein respondeu:

“ Mark Rein:[…] Os jogos PC têm uma vida potencial bem superior aos jogos de consolas. Há uma boa hipótese de vender esse jogo [Unreal Tournament 3] durante um período de tempo bem maior do que os jogos de consola que são supostos hits.

Tom's Games: Mas depois temos o Cliffy B a aparecer e a dizer que os jogos PC estão numa confusão e…

Mark Rein: Oh, ele é um idiota [risos]. Não, é um tipo excelente. No entanto, o Cliff faz jogos de consola, certo? Ele está numa equipa "consola", que faz o que é acima de tudo um jogo de consola.”

Ora aqui vemos a perspectiva de uma pessoa que trabalha directamente com o PC e que sabe que o PC não esta tão mal como lhe pintam.
Peter Molyneux, produtor de Fable e actualmente a produzir Fable2, decidiu seguir as pisadas de CliffyB e criticou o actual estado do PC numa entrevista feita pelo Eurogamer.net.

“Eu acho que é uma grande tragédia. Quer dizer, até podes admitir que o mercado de jogos no PC é World of Warcraft e The Sims... O mais estranho é que toda a gente tem um PC, não estão é a comprar software para ele.”

É um pouco verdade o que Molyneux afirmou, hoje em dia a venda de PCs tem vindo a aumentar a um ritmo alucinante mas as pessoas que adquiriram-no limitam-se a usa-lo como forma de navegar na Web, ouvir música e ver filmes mas a maior parte das pessoas recorrem a outro meio para adquirir software: A pirataria.
Um dos assuntos mais falados na industria dos jogos, e não só, é a forma como a pirataria afecta a indústria. Hoje em dia os altos preços dos jogos devem-se principalmente ao facto de a pirataria ser fortemente utilizada como meio de “escapatória” para não gastarem dinheiro e jogarem todos os jogos.

Durante uma sessão de “Lunch With the Luminaries”, onde se encontravam pessoas como Peter Molyneux, Phil Harrison, Chris Taylor, Raph Koster e Neil Young, quando o tópico sobre o futuro do PC surgiu na discussão, Chris Taylor afirmou o seguinte:
“Os jogos PC como os conhecemos estão mortos… secure gaming [distribuição digital] é o futuro”.
Um dos factores que está realmente a afectar a economia e o sucesso dos videojogos no geral é a pirataria no PC. Por isso, uma das razões que vamos ver RTSs nas consolas é porque as pessoas não os podem piratear.”
Isto só mostra que possivelmente as produtoras de videojogos estão a inclinar-se na produção de jogos única e exclusivamente para as consolas o que irá agravar, e muito, a situação do PC como plataforma o que irá deixar muitos jogadores de PC que se tem mantido fieis á sua máquina.
Será que custa muito as produtoras de jogos apostarem num sistema anti-pirataria que fosse minimamente competente e que fizesse a taxa de pirataria descer logo o preço dos jogos descer podendo atingir uns módicos 30 euros? Claro que no inicio do uso desse sistema as produtoras teriam de aumentar o preço dos jogos na volta dos 5 a 10 euros mas acho que seria bem melhor pois a solução a médio-longo prazo seria a descida dos preços o que faria aumentar a procura e venda dos jogos logo mais lucros.

Ou irão as produtoras apostar na distribuição digital dos seus jogos pois é necessário um serial number para poder jogar os jogos adquiridos dessa maneira? Hoje em dia o serviço mais conhecido mundialmente de distribuição digital é o Steam da Valve que contem todos os jogos da produtora residente em Seattle que com o passar do tempo tem vindo a notar no crescimento do seu serviço com produtoras como a Rockstar, criadora da mítica série GTA, e a 2k Games que recentemente lançou no mercado um dos melhores jogos do ano: Bioshock.
Cada vez mais os consumidores se sentem tentados a experimentar a distribuição digital ate porque muitas vezes estes serviços para se manterem competitivos lançam promoções bastante atractivas e são os distribuidores de jogos que praticamente não seriam conhecidos se fossem lançados nas lojas como é o caso do mais recente projecto,da desconhecida Dylan Fitterer, chamado Audiosurf que é um jogo bastante bom e que custa uns bastante módicos 10 euros. Aconselho este jogo a quem queira uma experiência nova e musical.

Foi também anunciado em Fevereiro uma parceria sem fins lucrativos entre varias empresas de renome tanto no campo do hardware, como a Acer, AMD, Nvidia e Intel, como produtoras de jogos como a Activision, Microsoft e a Epic Games que irá ter o nome de PC Gaming Alliance.
A intenção desta parceria será fornecer dados que, junto dos analistas, imprensa e público, promovam os jogos para o PC e no geral melhorar a imagem do PC como plataforma.
Será que esta iniciativa irá melhorar o estado do PC? Bem se eles pretendem melhorar a imagem do PC junto ao público e impressa é capaz de fazer algum impacto na indústria visto que mais pessoas irão ter em conta o PC para jogar os seus jogos em vez das consolas. Espero resultados positivos desta iniciativa que pode vir marcar a indústria.

Um dos principais problemas de jogar no PC é o facto que a Informática estar em constante evolução o que faz que mais frequentemente sejam lançadas para o mercado novas placas gráficas que é o essencial para correr os novos jogos a resoluções aceitáveis e com detalhe. Foi em 2006 que assistimos a vinda da décima edição do DirectX 10 que acompanhava a chegada ao mercado do Windows Vista o que levou a indústria a lançar placas que suportassem essa nova versão. Saíram bastantes placas vindas da Nvidia e da ATI que tinham um senão: Ou pagavam bem para terem uma placa gráfica capaz de correr os novos jogos com DirectX 10 incorporado ou seja ou o consumidor pagava cerca de 300 euros por uma placa gráfica ou teria de se contentar com as opções mid-range que deixavam muito a desejar.
Por isso cheguei a um dos principais problemas do PC como plataforma: A constante actualização do PC. Hoje em dia é praticamente impossível manter um PC actualizado mais do que 2 anos e para o actualizar por vezes é preciso gastar cerca de 1000 euros para o actualizar e para daqui a dois anos gastar mais 1000 euros o que muitas vezes faz com que o consumidor desista de o actualizar e opte por uma consola. Acho que o mais sensato pelas produtoras de videojogos seria optimizar melhor os seus jogos para correrem em PCs que não tenham um poderio enorme e que as fabricantes de hardware não lançassem tantas placas gráficas em tão pouco tempo.

Na minha opinião o PC nunca irá morrer pois primeiro os jogos são produzidos sempre num computador o que torna a produção de uma versão PC dos jogos seja uma possibilidade muito grande, segundo enquanto houver computadores no mundo haverá jogos para eles. 2008 iremos assistir à chegada de títulos de peso no PC com principal destaque a Spore por isso esperemos que o PC comece a ser levado mais a sério. Contudo o problema da pirataria é demasiado grande para ser ignorado pelas produtoras e os consumidores que são os principais afectados disto tudo pois as produtoras tem as consolas como escape.

Deixem os vossos comentários sobre este artigo e já sabem, mantenham-se atentos ao blog.

4 comentários:

Simbyotic disse...

My article...no one has read it -.-'

LFLivramento disse...

Concordo em grande parte com a tua análise do panorama PC no que toca a jogos. Não sendo eu um jogador habitual de PC, a verdade é que estão neste momento muito à frente no que toca a capacidades tecnológicas face às consolas.

Em termos comparativos, tanto o Call of duty 4, como o Bioshock estão muito melhores no PC do que na Xbox 360, e isto são só dois exemplos.

Também acho que em prol de salvar o PC da tal "selva" em que se encontra neste momento, se devia tomar medidas serias para combater todos os factores que o fazem corromper. gasta-se tanto dinheiro em coisas inúteis, porque não nisso !?

Só espero que quando se decidirem a fazê-lo não seja já tarde demais.

PT Lyon disse...

Bom artigo Simba xD,

Não concordo com tudo, nomeadamente no que toca à pirataria.
A pirataria sempre foi um dos grandes trunfos dos jogos PC, o que lhe permitiu atrair tanta gente, e ser a plataforma standart durante muito tempo. Quem nunca copiou um jogo de um colega? (quando não "havia" internet, vá...)

Com o desenvolvimento das consolas, é normal que o PC fique "na mrd" (em bom português, claro), pois o dinheiro que gasto num PC de ultima geração dá-me para uma X360 e PS3 juntas na sala!
E tenho a certeza que quando compro um jogo para uma consola, não me dá erros esquisitos, que não sei o que significam, nem dizem que a placa grafica da consola não presta lolollo ou algo do género.

E duram muito mais do que 2 anos... E hoje em dia são são muito mais do que uma máquina de jogos... enfim, muitas razões.

O meu próximo computador podem crer que vai ser o mais barato possivel, que dê apenas para ir à internet, fazer alguns trabalhos e pronto.

Quanto à pirataria, é simples. No PC, raras foram as medidas eficazes.
Nas consolas (desta geração, vá...) já é outra história.

Simbyotic disse...

Atraiu mais pessoas para o PC mas não as atraiu para comprar software para eles que é o que me preocupa agora.
O ultimo jogo pirateado que tenho é o Oblivion e foi à volta de 2 anos e desde então não tenho tido razões para voltar a fazer. Contudo tenho muitos amigos que fazer e um dos meus melhores amigos faz download de muitos jogos mas pronto vá la que ele ate compra quando gosta muito do jogo.
Duram mais que 2 anos? So se continuares a jogar jogos que saíram dentro do "prazo de validade " do teu pc ou se só quiseres ir a internet.

 

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